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Ilha do Fogo-Cabo Verde

Djarfogo, significa Ilha do Fogo, é uma das dez ilhas de Cabo Verde, e uma das mais belas. No principio foi chamado de São Filipe, mas depois veria apropriadamente a ser chamada ILHA do FOGO, um nome bem expressivo, dado em honra do imponente e representativo Vulcão,

como o seu ex-libris e um dos simbolos mais notáveis de todo Cabo Verde.

A ilha do Fogo foi descoberta nos anos de 1640, no mesmo período que as ilhas de Santiago e Maio. De origem vulcânica e situada a Oeste de Santiago, tem forma circular,

com uma área de 476 km2, e tem o ponto mais alto de todas as ilhas de Cabo Verde.
O vulcão da ilha do Fogo tem aproximadamente 2829 metros, com uma caldeira de 8 kms de diâmetro em Chã das Caldeiras no lado ocidental, as paredes atingem 1000 metros, com uma cratera de 500 metros de diâmetro,


e uma profundidade de 180 metros; é a quarta em dimensão relativa as outras ilhas.
No Globo terrestre tem as seguintes coordenadas: Latitude 15° 03' N e 14° 48' N Longitude 24° 16' W e 24° 30' W .
Djarfogo tem uma beleza espontânea, espectacular, natural, e muito apreciada, mesmo contagiante, e enigmática,

que contagia a maioria das gentes que por lá passam.
Actualmente tem uma população de quase 40 mil habitantes.


Esta ilha, desde o início da sua descoberta pelos portugueses, parece que sentiu na alma a mudança do equilibrio natural, continuando intermitentemente por largos anos, irradiando sua energia termo

-nuclear, como se fosse querendo deixar sentir aos exploradores, a sua majestosa presença, para que deveriam comportar e estarem sujeito a essa incrível força. Mas apesar dessa imponente potencia natural, os designios ou as perspectivas dos exploradores, eram criar uma colónia, donde

poderiam beneficiar e satisfazer seus premeditados desejos. Dentro desse contexto, viria a aparecer uma etnia com uma cultura própria, originando assim os Foguenses.

Gentes vendendo e comprando peixe A historia da ilha do Fogo, antes da sua emancipação reza que ela teve períodos contrastantes de algum progresso, e de terríveis calamidades naturais e de teor humana.


Só para questão de informação, houve um terrível ataque em 1665 a ilha, por alguns piratas holandeses, que durante quatro dias, saquearam, maltrataram gentes, assaltando igrejas e casas, levando tudo que podiam encontrar que servia de algum valor, sem qualquer resistência da indefesa população da ilha.


Durante a história de um povo, ou duma ilha ou um pais, a determinação de lutar para sobrevivência a despeito de inúmeras e incríveis cisrcunstâncias, deve ser o mobil principal para atingir a emancipação.

Foi precisamente o que passou no caso da ilha do Fogo, e em todas as outras ilhas de Cabo Verde.

Voltando ou meditando no passado, vale a pena saber que em 1582, - segundo as letras do conceituado escritor Caboverdiano Germano Almeida, no seu livro CABO VERDE, VIAGEM PELA HISTÓRIA DAS ILHAS - ilha do Fogo tinha cerca de 2300 pessoas, das quais 300 eram homens

livres e 2000 escravos, vivendo a vida praticamente numa economia feita exclusivamente no cultivo e plantação do algodão e videira cujo produtos eram enviados para San Tiago, e depois exportados e comercializados na Guine e Brasil. A vida dos Foguenses bem como as gentes doutras ilhas durante o período da colonização, não foi nada fácil,

para alem da falta da liberdade, houve períodos de grande sofrimentos que marcaram para sempre a história desse povo.

A primeira grande fome que se tem memoria na ilha do Fogo, ocorreu em 1719, e depois veio o de 1759, nesse ano houve uma tremenda explosão do Vulcão do Fogo, que explodiu com tanta violência irradiando areias nalgumas outras ilhas de Cabo Verde; por exemplo, atingiu Santiago onde

danificou ou fez alguns estragos na pastagem e agricultura; essas chuvas de areia, eram como lágrimas a quererem dizer ou expressar o desespero que a ilha estava passando, provocado pelo abandono do poder central.


Uma caldeirada de festa Nos meados dos anos de 1773, uma outra terrível fome pairou nessa ilha, provocada pela falta de chuva e do apoio do exterior, causando muitas perdas de vidas e grande sofrimento. Essa terrível ocorrência, foi ainda mais agravada pelo facto da mal

intenção do poder central, nesse caso o pais colonizador, de ter recusado um pedido de ajuda ou de benevolência da parte dum capitão-mor que governava a ilha do Fogo para revogação da proibição do comercio livre dos panos de alta qualidade de fabrico local com o estrangeiro, mas esse pedido infelizmente foi recusado, provocando ainda mais sofrimento a população.

Calcula-se que mais ou menos nesse período, cerca de mil pessoas perderam suas vidas.

Durante a Segunda Grande Guerra em 1941-1942, outra catástrofe humana ocorreu nesta sagrada ilha, causando inúmeras perdas de vidas e bens materiais. De acordo com o livro do escritor Germano Almeida, CABO VERDE, VIAGENS PELA HISTORIA DAS ILHAS, calcula-se que mais de 7500

pessoas, cerca de 31% da população perderam suas vidas.
Dentro desse medonho e desesperado tempo, alguns verdadeiros patriotas Foguenses / Caboverdianos, tais como, Abílio Macedo, Ângelo Henriques, administrador da ilha, seu irmão António Henriques, e provavelmente alguns outros indivíduos, resolveram denunciar esses acontecimentos

ou calamidades sociais ao Poder Central. Mas, em vez de receberem apoio na justa causa, foram presos, deportados e humilhados. Gentes na Festa Nho Sanfilipe

Felizmente já nesse tempo muitas pessoas aproveitaram e decidiram emigrar para os USA donde poderiam contribuir e aliviar a catastrófica situação reinante na ilha.
Num período tal da sua historia, a ilha do Fogo experimentou algum desenvolvimento económico, com a introdução da industria de plantação de algodão, café, vinho etc que mais beneficiou infelizmente aos donos das terras ou latifundiários, mantendo o desequilíbrio e a disparidade social reinante na altura.

Djarfogo terra sabe, de beleza, de esperança, de harmonia de bom convívio entre a gente e a natureza esperando a continuar a caminhar para um caminho de progresso sustentado de igualdade e diversidade, onde cada comunidade, cada pessoa, sem padrinho tenha chance de participar de

igual para igual, contribuindo assim para seu engrandecimento e de toda as ilhas de Cabo Verde.

Na actualidade a ilha do Fogo esta administrativamente dividida em três concelhos: São Filipe, Mosteiros e Santa Catarina, sendo esse ultimo o mais novo. A Cidade de São Filipe serviu se por muitos anos como centro administrativo da ilha; é uma cidade histórica e bem estruturada, crescendo a um bom ritmo socialmente e economicamente.

É nesta cidade e vizinhança que ficam os famosos e falados sobrados de então e da actualidade, só que agora, estão a ser habitados com mais pluridade social e condignamente expostas aos Foguenses e não só, mas mesmo assim estão cada vez mais representando o passado, presente e futuro desta cidade.
Na cidade de São Filipe todos os anos no primeiro dia de Maio, celebra-se, a grande festa de Nho San Filipe que atrai grande publico, nacional e da diáspora, durante uma semana ou mais,a ilha do Fogo, é o centro de atenção de Cabo Verde.
Depois da independência nacional, foi criado na ilha do Fogo o Concelho dos Mosteiros, com a sua própria diversidade e identidade, onde se produz o famoso café do Fogo, uma das melhores do mundo, saboreado e comentado por todos Caboverdianos e não só Estúdios de Mosteiros FM Radio

É nos Mosteiros que fica os escritórios ou redacção da radio Mosteiros FM, propriedade do empresário John Monteiro, essa Emissora é a voz da Ilha, irradiando e informando a toda comunidade, às ilhas irmás e servindo dum elo especial de ligação a todos os Caboverdianos do mundo através da internete.
Por fim, ascendendo cada vez mais a ilha do Fogo, tem mais um concelho, o de Santa Catarina, criado recentemente numa freguesia histórica na ilha do Fogo e de Cabo Verde.
A sede do concelho é Cova Figueira, situado a curta distancia do imponente vulcão do Fogo que tem uma visão deslunbrante de um panorama que faz lembrar como que outras regiões do Sistema Solar. Esta Freguesia ou Concelho, tem potencialidade natural e humana de contribuir muito mais para toda ilha do Fogo e Cabo Verde. É nesse lado que fica Chã das Caldeiras onde se produz o pituresco e famoso Vinho do Fogo.
Essa famosa comunidade ou Freguesia, é constantemente visitada por muitos nacionais e estrangeiros, incluindo alguns presidentes do país colonizador, e estrangeiros, mas mesmo assim, ela não conseguiu ainda chegar a pagina do desenvolvimento desejado.
Cabe a todos os Santacatarinenses conjugar esforços para que ela arranca para um caminho mais acelerado de progresso, e lembrando a todos que essa comunidade produziu filhos dignos de serem mencionados, como por exemplo Alexandre Vieira Fontes, ¡°Chache¡± que tudo fez, e ate mesmo arriscando a vida, para que um dia, haja justica e desenvolvimento para que o sonho dos Santacatrinenses seja uma realidade.

Quinquim. Verão 007, Randolph, usa

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