segunda-feira

Ilha das Flores-Açores-Portugal

Fotos de Helena Rodrigues


















A Ilha das Flores situa-se no Grupo Ocidental do arquipélago dos Açores, sendo a maior das ilhas que compõem aquele Grupo. Ocupa uma área de 141,7 km2, na sua maior parte constituída por terreno montanhoso, caracterizado por grandes ravinas e gigantescas falésias. O ponto mais alto da ilha é o Morro Alto, a 914 m de altitude. A população residente é de 3 995 habitantes (2001), repartindo-se pelos concelhos de Santa Cruz e Lajes das Flores. É frequentemente considerada como o ponto mais ocidental da Europa (obviamente fora do continente europeu).

História

Primeiro assinalada em 1452 por Diogo de Teive e seu filho João de Teive, apenas foi povoada a partir das primeiras décadas do século XVI, já em pleno reinado de D. Manuel I. O extremo isolamento da ilha apenas foi quebrado com a instalação, em 1966, da Base Francesa das Flores. A ilha das Flores é considerada uma das mais belas dos Açores, cobrindo-se de milhares de hortênsias de cor azul, que dividem os campos ao longo das estradas, nas margens das ribeiras e lagoas.

Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO

Esta ilha foi incluída em 27 de Maio de 2009 na lista da Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO, juntando-se à ilha Graciosa e à ilha do Corvo que também já incluem a lista.

Facto que é relevante para a protecção e valorização do ambiente nos Açores. Esta decisão de incluir a ilha das Flores na lista dos sítios com relevância ambiental foi tomada pelo Conselho Coordenador internacional do programa “O Homem e a Biosfera”, durante a reunião realizada ontem na ilha de Jeju, (não sei se é pegado ou separado) na República da Coreia do Sul.

A UNESCO salienta que esta reserva inclui toda a ilha, e que esse facto se deve a esta ilha apresentar aspectos uma natureza bem conservada onde se observa uma grande abundância de floresta caracterista das florestas da Laurisilva tipicas da Macaronésia, uma paisagísticos, geológicos, ambientais e culturais de grande importância, e ainda áreas marinhas adjacentes. O documento da UNESCO refere, ainda, as particularidades de excepcional interesse do novo sítio classificado, nomeadamente a existência de “altas escarpas que dominam a maior parte da linha da costa, que é ponteada por pequenos ilhéus”.



Ilha da Ventura das antigas cartas e portulanos e, na altura do seu descobrimento por navegadores portugueses, ilha de S. Luís, teve como primeiro habitante, reza a lenda, um eremita que nela se refugiou do mundo.
Mais tarde, Josse van Hurtere, flamengo de posses, desembarca na ilha, onde habitavam povoadores vindos de Portugal, acompanhado por mais quinze compatriotas, em procura de estanho e da prata de que se dizia existirem filões na ilha. Asprimeiras sondagens provam o erro e causam o insucesso da viagem. Entusiasmado, contudo, com a ilha e a sua fertilidade, van Hurtere não desiste.
Com a intersessão da duquesa de Borgonha, filha do rei D. João I, obtém, em 1468, a carta de donatário da ilha e o direito de trazer da Flandres, flagelada pela Guerra dos Cem Anos, mais colonos. Estes fixam-se na freguesia dos Flamengos, que recorda com o seu nome os primeiros povoadores, e, posteriormente, na área da Horta.
A ilha prospera com a agricultura e a exportação da planta tintureira pastel.
Em 1583, na continuação da ocupação dos Açores, iniciada com o desmbarque na ilha Terceira, uma frota espanhola dirige-se ao Faial. Um corpo de homens de armas desembarca no Pasteleiro e trava uma luta com os defensores, reforçados por soldados franceses, acabando por conquistar a ilha. Seguem-se os corsários ingleses que causam grandes danos, e o sismo de 1672, que provocou importantes destruições.
No séc. XIX o Faial participou activamente nas lutas que opõem os liberais aos absolutistas, acabando por decidir-se a favor dos primeiros, vindo a receber a vista de D. Pedro IV em 1832. Para além de valorosos combatentes, o Faial contribuiu para a causa liberal com um arsenal que serviu para abastecer a frota que viria a desembarcar no Mindelo. A sua posição no Atlântico e a existência de um porto abrigado atrai, até cerca de 1860, os navios do comércio da laranja e os baleeiros americanos que vinham reabastecer-se. No séc. XX o Faial é um importante centro das ligações por cabo submarino e participa nos primeiros passos da aviação.
O Faial hoje é uma ilha em desenvolvimento, com uma economia baseada na agricultura, pecuária, lacticínios, pesca e comércio.

GEOGRAFIA

Com a forma de um pentágno irregular e a área de 173,42 Km2, a ilha do Faial tem 21 Km de comprimento e 14 Km de largura máxima. Dominada pelo cone vulcânico da Caldeira, que se espraia em declives suaves interrompidos por formações vulcânicas secundárias, a ilha tem a sua altitude máxima no Cabeço Gordo, com 1043 m.

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