quinta-feira

Curitiba-Brasil

Fotos de Valmir Singh no Flickr
Segundo um levantamento feito pela International Congress & Convention Association (ICCA), Curitiba é a sexta cidade brasileira com o maior número de eventos internacionais e, segundo dados da FIPE, é a terceira cidade a receber turistas estrangeiros para fins de negócios.
Em 2006 a cidade ocupou a sexta posição entre as melhores cidades brasileiras para realização de eventos e turismo de negócios; no mesmo ano, o fluxo de turistas superou o número de habitantes. Dos dois milhões de visitantes, pelo menos metade desembarcou a negócios. Para atender à crescente demanda, o parque hoteleiro curitibano se desenvolveu e hoje é considerado o quarto maior do país. Os bons restaurantes e os serviços customizados dos hotéis agradam a 92,4% dos que deixam a cidade, de acordo com dados da Secretaria de Estado do Turismo do Paraná. Em 2007 a capital paranaense foi eleita pela revista Viagem e Turismo, da Editora Abril, como a 4ª melhor cidade brasileira para viagens e turismo, ficando à frente de grandes centros turísticos nacionais, como Fortaleza, Natal, Gramado, Maceió e Recife.

Curitiba foi eleita como melhor destino cultural e melhor custo-benefício para turismo da Região Sul do Brasil na Edição Especial Guia 2008 da Revista Veja O Melhor do Brasil. A matéria ainda cita a localização estratégica da cidade, o que a tornaria uma espécie de capital do Mercosul.
A revista Veja aponta Curitiba como o melhor destino de negócio do Brasil. Noventa e quatro especialistas, escolhidos pela revista, indicam a capital paranaense como a melhor cidade brasileira para investimento. A escolha foi divulgada no suplemento da revista "O Melhor do Brasil - Guia 2007".

A cidade vem se tornando um dos maiores e mais importantes centros de tecnologia, atraindo gigantes do setor de informática tanto nas áreas de software quanto de hardware, caminhando para se tornar o polo nacional.
Curitiba é conhecida por suas soluções urbanas diferenciadas, notadamente por seu sistema integrado de transporte coletivo que, em conjunto com as vias regulares de trânsito, tem servido como indutor de seu desenvolvimento urbanístico, especialmente a partir da década de 1970.
O sistema de transporte público de Curitiba é habitualmente lembrado por seus terminais de passageiros interligados por canaletas exclusivas para ônibus biarticulados e complementados com o "ligeirinho" e alimentadores diferenciados por cores. Esse modelo tem inspirado experiências similares em cidades de outros países, como Los Angeles e Nova Iorque, onde houve, na década de 1990, a instalação experimental de uma linha de "ligeirinho", ligando a prefeitura ao World Trade Center.
Espalhadas pela cidade e comumente integradas com os terminais de ônibus, estão as Ruas da Cidadania, centros municipais que congregam secretarias e órgãos públicos municipais, estaduais e federais, pontos de comércio, serviços gratuitos de acesso à Internet e equipamentos de lazer, como parques infantis, quadras polidesportivas e canchas de futebol.
O zoneamento urbano da cidade, integrado ao sistema de transporte, tem permitido um desenvolvimento arquitectónico e urbanístico tido, por certos analistas, como coeso e harmónico, sem os principais problemas das grandes metrópoles modernas. Curitiba, inclusive, foi recentemente recomendada pela Unesco como uma das cidades-modelo para a reconstrução das cidades do Afeganistão, após a intervenção militar ocorrida naquele país, em 2001.
Na década de 1990, a cidade foi agraciada com o prémio United Nations Environment Program, da ONU, considerado o prémio máximo do meio ambiente no mundo. Em 2003, a cidade recebeu o título de Capital da Cultura das Américas pela entidade CAC-ACC. Em 2006, Curitiba sediou o evento COP8/COP-MOP3 da ONU, realizado na vizinha cidade de Pinhais.
A capital paranaense foi a única cidade brasileira a entrar no século XXI como referência nacional e internacional de planejamento urbano e qualidade de vida; numa pesquisa feita pela revista americana Reader's Digest, foi o município brasileiro mais bem colocado no ranking das melhores cidades do mundo para se viver. Em março de 2001, uma pesquisa patrocinada pela ONU apontou Curitiba como a melhor capital do Brasil pelo Índice de Condições de Vida (ICV) e segundo melhor IDH dentre as capitais.

As principais centrais elétricas de Curitiba são a Eletrosul, com sede no bairro do Campo de Santana, que abastece toda a região da cidade, e a Copel, que tem suas próprias subestações nos principais bairros da cidade. Há linhões de energia de alta tensão que atravessam a cidade de sul a norte e de oeste a leste, unindo essas subestações para fornecer energia aos setores residencial, industrial e comercial.

Rua XV de Novembro, avenida fechada para o trânsito de veículos em 1972.
Fundamentalmente, o trânsito de Curitiba está estruturado de forma integrada com o transporte de massas via ônibus, por meio dos chamados trinários (sistemas de canaletas exclusivas de ônibus expressos, ladeados por pistas simples para veículos particulares, em sentido contrário e, imediatamente paralelas a estas, vias rápidas com velocidade permitida superior.
A política municipal relacionada a veículos é concebida de forma a diminuir o número de veículos no anel central da cidade, o que é feito mediante a própria intervenção no fluxo viário (diminuição do número de ruas com sentido direcionado para o centro da cidade) e mediante a manutenção de importantes espaços para pedestres, como a Rua XV de Novembro, antes uma das avenidas mais movimentadas da cidade.

A cidade tem bons índices de cobertura asfáltica, embora ainda haja elevado grau de ruas de chão-batido e sem qualquer identificação nominal (placas de rua) em bairros afastados, como Ganchinho, Tatuquara e Caximba. Alguns críticos apontam que, desde a década de 1970, Curitiba teria se imobilizado na sua imagem de cidade voltada para os ônibus e suas canaletas, deixando de realizar obras de engenharia
de grande porte (viadutos, trincheiras etc.) aptas a desafogar o crescente número de veículos que trafegam em suas ruas. Em contrapartida, utiliza-se muito o sistema de binários (duas ruas paralelas mas de sentidos únicos e contrários), que é muito mais barato e não degrada a paisagem urbana.
Com uma frota de 1.019.000 veículos até agosto de 2007, estima-se que Curitiba alcançou uma taxa de motorização de 0,57 veículos por habitante, uma das maiores no Brasil e até superior àquela do município de São Paulo (0,45).
A cidade tem uma rede de ciclovias que, basicamente, interliga os parques e logradouros da cidade. No entanto, alguns críticos apontam que tal sistema é voltado unicamente para o lazer, não havendo um número suficiente de ciclovias para uso laboral que permita que trabalhadores e estudantes possam se deslocar de
bicicleta, sujeitando-os a riscos por trafegarem nas pistas veiculares ou nas canaletas de ônibus expressos. Existe um movimento de estudantes universitários que reivindicam melhorias e vias úteis de fato.
Ponto de ônibus da Rede Integrada de Transporte, conhecido como "tubo".
Segundo diversos analistas, o sistema de ônibus de Curitiba é um dos mais modernos e eficientes do Brasil. No entanto, a alta escolha por veículos particulares na cidade aponta problemas no sistema existente, que alguns analistas acreditam estar
saturado. Muitos apontam a necessidade de um sistema mais veloz e confortável, como o metrô.
O sistema de ônibus é baseado no conceito criado na capital paranaense, na década de 1970, de Veículo leve sobre pneus (VLP). As canaletas exclusivas para linhas expressas, geralmente carros biarticulados, conectam os terminais integrados nas várias regiões da cidade. O sistema é nomeado Rede Integrada de Transporte.

Um dos ônibus do sistema RIT em uma das avenidas da cidade.
Além da interligação por ônibus expressos, os terminais são providos de ônibus alimentadores, que compõem a ramificação secundária deste sistema e atendem aos
passageiros dos bairros próximos aos terminais. Adicionalmente, uma outra categoria de ônibus expressos (os chamados ligeirinhos) provê rápido intercâmbio de passageiros entre um terminal e outro, com trajetos diferentes e poucas paradas intermediárias.

Com a implantação (já iniciada em janeiro de 2007 e previsão de término total até meados de 2008) do sexto eixo (Linha Verde), o Sistema integrará as linhas já estabelecidas (Sul, Boqueirão, Leste e Norte), deslocando o fluxo das linhas
Norte-Sul e ainda atendendo diretamente a duas cidades da região metropolitana (Colombo e Fazenda Rio Grande) e indiretamente mais sete cidades limítrofes (São José dos Pinhais, Araucária, Mandirituba, Quitandinha, Quatro Barras, Campina Grande do Sul e Bocaiuva do Sul). Curitiba, apesar de estar com o sistema saturado
e necessitando de ampliações e um projeto de integração com o futuro metrô, ainda se revela possuir um bom sistema de transporte, pelo qual inclusive é a unica cidade brasileira a receber o prêmio cidade Sustainable Transport, que é oferecido anualmente aos melhores projetos de transporte público do mundo.
Alguns projetos de implantação de um sistema metroviário em Curitiba já foram estudados, mas nenhum foi implementado. Um projeto que previa a construção de
treze quilômetros de um sistema de metrô elevado, criado na administração do ex-prefeito Cássio Taniguchi, chegou a ser projetado e anunciado, inclusive com financiamento do Japan Bank for International Cooperation (JBIC),[83] entretanto
um provável desentendimento com os financiadores, que negaram a liberação de recursos, enterrou definitivamente o projeto.
Nos últimos anos, reacendeu a discussão a respeito de uma nova tentativa de
implantar o metrô na cidade, desta vez subterrâneo e contando com a injeção de verbas federais, o qual ligaria, numa primeira fase, os terminais de ônibus do Pinheirinho (região sul) ao do Cabral (região norte).
O metrô vai funcionar, subterraneamente,[86] pelas canaletas por onde hoje
circulam os ônibus que ligam o bairro Santa Cândida (região Norte) ao Pinheirinho (região Sul) – a futura Linha Azul Santa Cândida/CIC-Sul –, em uma extensão de 22 quilômetros. Apenas no Contorno Sul, em um trecho de aproximadamente dois quilômetros, o "metrô" estará na superfície. Atualmente, um ônibus que faz o
trajeto circula a 17 km/h com 270 passageiros. Cada composição do metrô (formada por vários carros) deverá circular a 40 km/h, com 1,2 mil passageiros. O objetivo é que o preço da passagem do metrô seja igual à do ônibus. As obras deverão ter
início a partir de 2009.
Outras linhas serão construídas; a primeira etapa será a Linha Azul do Metrô de Curitiba.

Os táxis são padronizados, de cor laranja com xadrez preto nas laterais e alguns detalhes em preto nos para-choques. A cidade possui uma frota de 2300 veículos,
categorizados como comum, especial ou para deficientes. O órgão fiscalizador é a URBS, sendo a Gerência de Táxi e transporte comercial o responsável pela
operacionalidade do sistema.
Vans
Chamado Transporte Remunerado de Pessoas de Natureza Privada, este tipo de
transporte só pode ser efetuado entre pessoas jurídicas, salvo em casos de translados, previamente documentados. Os veículos devem ser todos credenciados junto à URBS e os condutores devem portar os contratos, vouchers e lista de passageiros.

A principal rodovia que liga Curitiba a outros pontos do país é a BR-116 que, por muitos anos, dividiu a cidade em duas porções (norte e sul), cortando os bairros do Pinheirinho, Uberaba, Cristo Rei e Atuba, entre outros, no sentido Porto Alegre-São Paulo. Atualmente o trajeto urbano desta rodovia foi desviado por uma
série de contornos rodoviários, notadamente o Contorno Sul, que atravessa o bairro Umbará.
A cidade é ligada ao litoral do Paraná pela BR-277, que atravessa a Serra do Mar até Paranaguá (embora haja, em caráter secundário, a ligação da cidade ao litoral pela histórica Estrada da Graciosa (PR-410), cujo trajeto se inicia no vizinho
município de Quatro Barras). Curitiba é ligada ao interior do estado pela Rodovia do Café, no trecho paranaense da BR-376.
Há diversas rodovias secundárias e estaduais que ligam a cidade a outras localidades, como a Rodovia da Uva - PR-417 (Colombo), Rodovia dos Minérios
(Almirante Tamandaré e Vale do Ribeira), Rodovia do Xisto (São Mateus do Sul e sudeste do estado) e Estrada do Cerne - PR-090 (Campo Magro e norte do estado).
Ferrovias
Curitiba é atravessada por algumas ferrovias, majoritariamente para o transporte de cargas. O Ramal Norte é a ligação com Rio Branco do Sul e serve ao transporte
de cal e cimento provenientes de atividades de mineração. Já o Ramal Sul é a ligação com Ponta Grossa e norte do Paraná e serve ao transporte de grãos. Por fim, o Ramal Leste é a ligação com Paranaguá e serve ao transporte de grãos e óleos vegetais.
Atualmente, a única linha de trem dedicada ao transporte de passageiros tem conotação turística. O trajeto é feito entre Curitiba e Paranaguá, com parada em
Morretes.
Há um projeto de transferência de toda a malha urbana de trens para a região metropolitana, desviando seu tráfego da área central e proximidades de Curitiba, visando a segurança e agilidade do fluxo de trens e veículos.



O acesso aéreo a Curitiba é servido principalmente pelo Aeroporto Internacional Afonso Pena, localizado na contígua cidade de São José dos Pinhais. Este é o
principal terminal aeroviário internacional da região Sul do Brasil.[72][73] O aeroporto fica a aproximadamente dezessete quilômetros do Centro de Curitiba. O acesso é efetuado através da avenida das Torres (avenida Comendador Franco) e pode
ser feito de carro, táxis ou, ainda, pelas linhas de ônibus Ligeirinho Aeroporto ou Executivo.
Entretanto, Curitiba também possui outro aeroporto, o Aeroporto do Bacacheri,
localizado no bairro homônimo. Localiza-se juntamente com o centro de comandos do tráfego aéreo brasileiro e o Cindacta II, este o responsável pelo tráfego aéreo da região Centro-Sul do país. O Aeroporto do Bacacheri recebe voos de aviões de menor porte, em comparação com o Aeroporto Internacional Afonso Pena.

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