terça-feira

Dili-Timor Leste

Díli é a capital de Timor-Leste, sede do distrito do mesmo nome e de um dos dois bispados do país: a Diocese de Díli. Situa-se na costa norte da ilha de Timor, a mais oriental das ilhas Menores de Sonda. Díli é o principal porto e centro comercial e administrativo de Timor-Leste e tem cerca de 150 mil habitantes, 20% da população do país. O aeroporto internacional em Comoro foi recentemente rebaptizado em honra do líder independentista Nicolau Lobato


A primeira capital do Timor Português foi Lifau, situado a 5 km a oeste de Pante Macassar, no enclave de Oecussi-Ambeno. Foi aí que se localizou o primeiro estabelecimento português no que é hoje Timor-Leste, criado em meados do século XVII, já que a fortaleza construída em Cupão (hoje Kupang) em 1646 teve de ser abandonada em 1653 por imposição dos holandeses.


No entanto, também Lifau se revelou muito sujeita a ataques holandeses, o que levou o governador António José Teles de Meneses a mandar evacuar a praça em 11 de Agosto de 1769, destruindo-a antes de a abandonar.

A nova capital do Timor Português foi fundada na baía de Díli e começou a ser construída em 10 de Outubro do mesmo ano. Nos primeiros anos, a cidade não passava de um pequeno aglomerado de casas de madeira, sumariamente protegidas por trincheiras e baluartes. Os frágeis edifícios de madeira acabaram por ser consumidos por sucessivos incêndios até que, em 1834, sob orientação do governador José Maria Marques, Díli foi devidamente urbanizada, sendo elevada à categoria de cidade, em Janeiro de 1864.

Rafael Jácome Lopes de Andrade, entre 1881 e 1888, levou a cabo diversas melhorias em Díli, ligando a cidade aos povoados circunvizinhos por estrada, construindo uma rede de abastecimento de água e erguendo o farol do porto.

Já nos inícios do século XX, de inspiração neoclássica, são construídas a catedral e o edifício da câmara municipal de Díli que não sobreviveram à invasão e ocupação japonesas, na Segunda Guerra Mundial. Este foi um período particularmente negro da história de Díli e de Timor, com massacres à população e destruição generalizada do edificado.

Terminada a guerra, Timor regressou ao domínio português, empreendendo-se uma penosa e demorada reconstrução da capital da colónia e de todos os outros centros populacionais. Foi já durante a permanência do coronel Themudo Barata (governador entre 1959 e 1963) que foi a construída ponte-cais de Díli, restabelecida a rede de esgotos, o abastecimento regular de água e de energia eléctrica. Foram erguidas escolas e hospitais e reparadas ou construídas novas ruas, estradas e pontes.

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