sexta-feira

Vila Nova de Milfontes-Portugal

Vila Nova de Milfontes é uma freguesia portuguesa do concelho de Odemira, distrito de Beja, situada na margem norte da foz do rio

Encontra-se inserida no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Possui 75,88 km² de área e 4258 habitantes (2001). Densidade: 56,1 hab/km².

No final da reconquista cristã, o litoral alentejano era um território escassamente
povoado e desorganizado, como tal, o rei de Portugal D. Afonso III fez largas doações à Ordem de Santiago como recompensas pelo seu importante papel na guerra

contra os mouros. Em 1486, D. João II fundou uma nova vila, no local chamado Milfontes, com o propósito de proteger e desenvolver as transacções comerciais. Desanexou o seu território do concelho de Sines, a que antes pertencia, e criou,

deste modo, um novo concelho que durou entre 1486 e 1836. Por se situar na costa, esta região era frequentemente assolada por piratas, que pilhavam e assaltavam a

população e as embarcações. Nos séculos XVI a XVIII, o corso magrebino afligiu as costas portuguesas de forma dramática. Para fazer face a este clima de medo e instabilidade, no final do século XVI foi mandado edificar o forte de São Clemente (castelo de Milfontes). Vila Nova de Milfontes era uma pequena vila piscatória e

como sede de concelho nunca foi um pólo atractivo (no ano de 1801 tinha apenas 1559 habitantes), perdendo este título em 1836 quando foi integrado no concelho do Cercal e posteriormente (1855) no de Odemira ao qual ainda hoje pertence. Esta

localidade está ligada ao grande feito da aviação portuguesa que foi a primeira travessia área entre Portugal e Macau, realizada por Brito Paes e Sarmento Beires. Foi a 7 de Abril de 1924 que os pilotos partiram do Campo dos Coitos, junto a

Milfontes, rumo ao Oriente. Em homenagem aos aviadores e ao seu feito histórico, foi erguido na Praça da Barbacã, junto ao forte, um monumento que recorda a heróica viagem. Note-se que o Comandante Brito Paes era natural do concelho de Odemira,

mais concretamente de Colos.

Nossa Senhora da Graça é a padroeira de Milfontes, realizando-se anualmente no dia 8 de Agosto uma festa em sua honra, sendo a procissão fluvial o ponto alto das

celebrações. A freguesia conta com duas feiras anuais, que decorrem nas Brunheiras a 1 de Maio e 8 de Agosto. 

As principais actividades económicas da freguesia são o turismo, o comércio e serviços, a agricultura, a pecuária, a pesca (o portinho do Canal é o maior porto

de pesca do concelho), a construção civil e ainda a produção florestal.

Desde cedo apelidada de Princesa do Alentejo, a Vila de Milfontes é uma pequena vila alentejana com muitos atractivos.

Situada no Concelho de Odemira (Alentejo), na foz do rio Mira, em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Vila Nova de Milfontes é uma vila pesqueira com uma forte ligação ao mar o que lhe confere uma beleza natural

inigualável. As suas vastas e belas praias desertas, águas cristalinas e dunas douradas são o ex-libris da região. Em contraste com o belo panorama litoral, a

paisagem interior é marcadamente reconhecida pelas típicas planícies alentejanas de sobreiros, entre outras espécies habitualmente observadas nesta região do país.
Dois dos mais importantes momentos da história de Milfontes podem ser recordados no

actual Largo Brito Pais. A fortaleza (actualmente uma unidade hoteleira) foi mandada construir por D. João IV, para prevenir incursões pelo rio. O monumento aos

aviadores recorda que foi dos campos vizinhos que descolaram Brito Pais, Sarmento de Beires e Manuel Gouveia, em 1924, para um arriscado voo que os levaria a Macau.

Em Vila Nova de Milfontes, recomenda-se a descoberta do estuário do Mira, por onde, há muitos séculos, andaram celtas, fenícios, gregos, cartagineses e, claro, romanos

e árabes.
O clima ameno, a sua arquitectura típica, a gastronomia alentejana da região e

outras actividades de lazer, que a região lhe oferece, são factores mais que suficientes para justificar uma visita a esta localidade.

Sem comentários:

Enviar um comentário